O Eixo ganhou a II Guerra Mundial, os Estados Unidos foram divididos entre Japão e a Alemanha, o nazismo está mais vivo do que nunca e as duas potências estão em uma Guerra Fria. O que a obra de Philip K Dick tem a nos ensinar a respeito de Autocracias?
Neste vídeo vamos falar de O HOMEM DO CASTELO ALTO, livro de Philip K. Dick (autor também de “Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?”, conto que serviu de base para Blade Runner, e de Minority Report) e uma das minhas distopias favoritas.
A obra, que faz parte do nicho de história alternativa, traz uma terra em que as Potências do Eixo, formadas por Alemanha, Itália e Japão, venceram os Aliados, devido a uma pequena mudança: Franklin Delano Roosevelt é assassinado em 1933 e seus sucessores são incapazes de lidar com a recessão de 29 e adotam uma política isolacionista, negando apoio à Europa no combate aos nazistas.
A Autocracia é um Regime político em que o poder está nas mãos de um único detentor, seja pessoa, comitê, junta governativa ou partido, e para alguns escritores de ciência política e teoria geral do Estado, poderia ser dividida em autoritarismo e totalitarismo.
De maneira geral, as autocracias são marcadas por:
Poucas ou inexistentes barreiras institucionais para limitação do exercício do poder – os cidadãos não possuem direito de controlar os atos do poder, nem meios para afastar os seus possuidores.
O poder pode ser conquistado por violência (revolução, golpe, insurreição) ou por vias legais institucionalizadas, mesmo democráticas.
Em autocracias, o governante usa de uma justificação (divindade, razão de Estado, ideologia messiânica, tradição ou carisma) para afastar-se da legitimidade institucional
Arendt - o totalitarismo ‘é uma forma de domínio radicalmente nova porque não se limita a destruir as capacidades políticas do homem (...), mas tende a destruir os próprios grupos e instituições que formam o tecido das relações privadas do homem, tornando-o estranho assim ao mundo e privando-o até de seu próprio eu.”
Para Hannah Arendt são elementos essenciais do totalitarismo a personalização do poder, a partir do culto da personalidade do ditador, e a finalidade de transformar a natureza humana para que se obtenha obediência absoluta, sem resistência.
O totalitarismo possui:
Forte conteúdo ideológico
Monopólio dos meios de informação
Partido único e líder carismático
Controle policial da população (terror policial), com a seleção de grupos como inimigos (comumente minorias), aplicando-se uma noção de culpa abstrata (por pertencimento ao grupo) e não culpa concreta de cada homem.
Direção centralizada da economia
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Eu sou Luiz Pinheiro, advogado, professor de direito penal e constitucional e amante da cultura pop. Faço esse canal junto a minha esposa, Stella Araujo, publicitária, entusiasta do mundo digital e audiovisual, que cuida da gravação, edição, das pautas e de todo trabalho por trás das câmeras (ela é tímida ainda, mas uma hora ela aparece).
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Roteiro e Apresentação: Luiz Pinheiro
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