Nesta quarta (21), Lafaiete, um dos 39 reféns do ônibus seqüestrado na Ponte Rio-Niterói, embarcou na linha 2520, como faz há um ano e meio. Como de costume, ele até conseguiu cochilar, mas as lembranças da viagem de ontem ainda são fortes.
"O mais tenso, acho que para todo mundo, foi quando ele pediu para amarrar o barbante no teto do ônibus e colocou três recipientes com gasolina. Ele ficava estalando o isqueiro como se fosse colocar fogo", relembra ela. "O pessoal rezava e pedia que Deus tocasse no coração daquele menino para que ele mudasse de ideia. O que eu mais queria mesmo era sair dali", acrescentou.